Se antes as empresas ligavam para antigos gestores ou colegas para saber mais sobre um candidato, hoje esse papel, em grande parte, é assumido pelas redes sociais. Elas se tornaram a checagem de referências mais atual e, muitas vezes, mais verdadeira.
Por quê? Porque, ao contrário de uma conversa formal, o que está nas suas redes mostra comportamentos espontâneos, opiniões não filtradas e a forma como você se posiciona no dia a dia. É um retrato vivo da sua reputação.
Um recrutador que analisa seu perfil não está apenas vendo fotos ou curtidas: ele está avaliando consistência, alinhamento de valores, capacidade de comunicação e até indícios de habilidades como liderança, trabalho em equipe e interesse por desenvolvimento profissional.
Isso significa que:
- Publicações e comentários que demonstrem respeito, empatia e clareza de pensamento contam pontos.
- Conexões e interações em comunidades e grupos da sua área reforçam seu networking e atualização.
- Compartilhamento de conhecimento sobre sua profissão mostra interesse genuíno e contribuição para o mercado.
Por outro lado, comportamentos agressivos, fake News, preconceitos ou exposição excessiva de conflitos podem levantar alertas.
Na prática, as redes sociais deixaram de ser apenas pessoais. Hoje, elas são parte do seu cartão de visitas profissional. Ignorar isso é como ir para uma entrevista de emprego sem se preocupar com a roupa que está vestindo: talvez não impeça a contratação, mas certamente tem influência na decisão.
No mercado competitivo de hoje, não basta apenas ser um bom profissional — é preciso parecer um também, inclusive no mundo digital. Porque, sim, antes de decidir se vai te contratar, o recrutador já pode ter decidido se vai te seguir.
Por Tatiane Wiggers
Psicologia Organizacional
ConGer Contabilidade

















