Processo demissional, mas e daí?
Até quando é tolerável falhas e falta de engajamento dentro das organizações?
E mesmo quando chega nesse ponto, será que esse processo pode ser humanizado?
Essas são perguntas que ecoam em qualquer empresa que lida diariamente com pessoas, metas e resultados.
A verdade é que não existe organização que cresça sustentada no erro recorrente, na ausência de comprometimento ou na falta de entrega. O famoso “deixa pra lá” não cabe quando se fala de negócios sérios. Tolerar por muito tempo falhas e falta de engajamento não é apenas um risco para a performance, mas também um recado perigoso para o time: o de que não há consequência para a ausência de responsabilidade.
Mas, ao mesmo tempo, desligar alguém nunca deve ser tratado como um ato frio ou meramente burocrático. Sim, o processo demissional pode – e deve – ser humanizado. Isso significa olhar para além do papel que a pessoa ocupava e reconhecer que existe uma história, um momento de vida e, muitas vezes, até uma dor envolvida.
Humanizar não é aliviar a consequência ou deixar de exigir resultados. Humanizar é conduzir esse momento com respeito, clareza e dignidade. É dar feedbacks ao longo da trajetória, é não surpreender no desligamento, é explicar os motivos de forma transparente e é se posicionar com empatia.
No fim, demitir faz parte da gestão. O que diferencia líderes e organizações maduras das demais é a forma como lidam com essa responsabilidade. Porque a demissão pode até encerrar um vínculo profissional, mas não precisa – e não deve – encerrar o respeito entre pessoas.
Por Tatiane Wiggers
Psicologia Organizacional
ConGer Contabilidade

















