Na correria das organizações e nas relações do dia a dia, é muito comum vermos feedbacks que soam como ataques pessoais. O resultado? Resistência, defensividade e, muitas vezes, a perda da confiança na relação.
Dale Carnegie, em seu clássico Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, já alertava: “Não critique, não condene, não se queixe.”. A crítica direta à pessoa atinge seu ego e identidade, gerando ressentimento. Por outro lado, quando se corrige o comportamento, o diálogo ganha em clareza, respeito e potencial de mudança.
Pense assim: comportamento é algo que pode ser ajustado; identidade é parte de quem a pessoa é. Quando você diz “você é desorganizado”, atinge diretamente a pessoa. Mas se disser “percebi que os relatórios têm sido entregues fora do prazo, o que impacta a equipe”, o foco está na ação, não na identidade.
Como aplicar na prática
- No ambiente de trabalho: em vez de “Você nunca colabora”, diga “Nesta reunião, senti falta da sua contribuição nas decisões. Sua visão faz diferença.”
- Na liderança: ao invés de “Você é irresponsável”, prefira “Quando você não confere os dados antes de enviar, podem surgir erros que prejudicam o cliente.”
- Na vida pessoal: trocar o “Você é sempre distraído” por “Ontem você esqueceu nosso compromisso, isso me deixou chateado.”
Pequenas mudanças de linguagem geram grandes mudanças de comportamento. Afinal, quando corrigimos ações, oferecemos à outra pessoa a chance de melhorar sem sentir que precisa se defender.
Lembre-se: o respeito não está em evitar correções, mas em fazê-las da forma certa. Corrigir comportamentos preserva relações e fortalece vínculos de confiança.
Por
Tatiane Wiggers
Psicologia Organizacional
ConGer Contabilidade

















